quinta-feira, 3 de junho de 2010

Mind.

Paz, eu quero paz, já dizia o nobre Camelo (o Marcelo).
É impossível produzir assim.
Meu olho pisca devagar, meu subconsciente conta até 10.
Eu não posso ser normal. Não posso ser daqui.
Tudo que eu quero é um canto quente o suficiente que me faça parar de pensar.
O que eu quero é uma paz que destoa dessa poluição terrena.
Eu nao posso ser normal, e por mais que diga tudo que acho que eu sou, no fim eu nao sei de nada.
Só sei que tenho uma percepção constante que não me deixa dormir.
Ou melhor, eu até que durmo, mas não consigo deixar de perceber tudo, nem nos sonhos.
Tenho que definir tudo, os caminhos, a ordem das comidas que ponho no prato, os valores do meu crédito.
Quando percebo que não me programei eu me frustro com tanta desorganização.
Eu sou doente.
Desde pequena, quando as crianças brincavam ranhentas na rua, eu já criava saidas pros problemas da humanidade. Tudo sem a mínima genialidade, obviamente.
Daí eu cresci e tive a pretensão de definir que nasci na época errada.
Porque não é possível eu não concordar com absolutamente nada.
E eu fico por aí fingindo que gosto do teu pagode e da tua cintura alta, quando eu acho isso tudo, tão irrelevante.
Eu nem sei como terminar, não devia ter escrito nada hoje.

Um comentário:

  1. Perfeição!

    Aplausos! Aplausos! Aplausos!

    Isso é observar a realidade como ela é, não relativizada.

    ResponderExcluir